Seria o finalzinho do começo de uma semana qualquer; mas para
Paulo, o sol adormecendo marcava não só uma segunda feira que acabava: era o sangue
estancado... a veia saltada... a voz que
restava... o desfecho da festa. E ele estava sendo a gota num mar de gente que
causava a tormenta necessária para esse barco movimentar.
O rapaz fazia parte de um grupo de estudantes de história, cansados de estudar inúmeras revoluções calados; ver a pátria amada adormecida
há 21 anos, desde os caras-pintadas. O coração já não aguentava mais: “Deixa em
paz...”
A alegria calada agora gritava, meu corpo: “Por favor!”
E tamanha desatenção... Foi a gota d’água!
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