Nossa história era assim: páginas de um livro cuidadosamente escrito com a caligrafia mais bonita e mais complexa. Porém, tanto esmero sempre foi desnecessário. Você chegava e me arrancava as páginas.
Não era como um romance que costumava ler nas diversas histórias literárias de meu caminho acadêmico; não era como um filme de Fellini, um soneto de Vinícius ou uma sinfonia de Beethoven. Era você e éramos nós.
E você chegava com suas páginas, seus livros, suas sinfonias e me fazia não saber nada do que sabia, por ser você, por sermos nós.