Era carnaval. O baile de máscaras era comum na pequena cidade. Apesar de toda a beleza da festa brasileira, naquele lugar, toda a magia do teatro italiano pairava nesses dias, principalmente na terça feira: quando as moças se escondiam atrás da formosa Colombina; e os rapazes podiam escolher entre o romântico Pierrot ou o malandro Alerquim.
Naquela noite valia tudo. As máscaras revelavam a verdade que a realidade rotineiramente escondia. As pessoas eram o que faziam questão de esconder. Acontecia e acabava ali - porque, apesar de cada um saber da identidade "real" do outro, era terça feira à noite.
Era carnaval. E as máscaras caem no carnaval. Hoje eu sou da maneira que você me quer, mas amanhã? Amanhã tudo volta ao normal, seja você quem for, seja o que Deus quiser.
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